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Difícil dizer quem sou, mas sei que sou o que nem mesmo cria queria ser. Sou o pai da Valentina e o amor de uma Carolina. Sou a soma das minhas experiências. Sou o que vem sendo minha vivência. Sou Feliz eu sei e todo mundo me diz...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Nem só Bossa nem só Rock e Creepy John Thomas

Olá amigos (poucos felizardos...rs) que acompanham este blog. Percebi que minha ultima postagem que trouxe um pequeno ( tá certo não era tão pequeno) artigo sobre bossa nova  despertou bastante interesse em todos os que nos acompanham, de modo que recebeu efusivos comentários (na verdade um) dos mais diversos leitores, dos mais diversos seguimentos da sociedade brasileira (na verdade minha esposa). Também quem vai perder tempo lendo sobre algo tão careta não é mesmo? Errado. A bossa nova talvez tenha sido o produto cultural brasileiro que mais influenciou a cultura exterior e é uma das múscas mais sofisticadas e elaboradas do nosso tempo, tanto que muitos gringos tentam atribuir (em vão é claro) sua criação à Burt Bacharah.  Sai pra lá Jaburú! É João Gilberto, é Tom, é Juazeiro e Ipanema, é nossa! Apenas para se ter uma dimensão do que falo, vou dizer pra vocês que Garota de Ipanema, música de Tom e Vinicius, foi executada aproximadamente 5 milhões de vezes, mais ou menos empatando com Imagine dos Beatles. Dá pra crer? Pois é verdade. E também sempre foi verdade que o produto da nossa cultura sempre foi muito mais elogiado e consumido lá fora do que aqui dentro. Shiiiiiiii! Isso tem raízes tão profundas que nem me atrevo a citar, pesquisem os sociólogos e historiadores. Mas tudo bem, sem proselitismos. Eu particularmente penso que música é uma coisa muito ligada à emoção, sentimento.  Por isso que da mesma forma que não é saudável que uma pessoa fique triste o tempo todo, também não é saudável que ela viva feliz e com os dentes amostra durante as 24h do dia. A minha vida tem momentos bossa nova, momentos sussurrados, mas também, e principalmente, momentos rock’n roll, momentos soul, momentos funk, folk, samba. Embora nunca tenha encontrado nela um momento sertanejo ou pagode. Graças a Deus!!!
Mas o que estou fazendo??? De novo essa conversinha de Bossa Nova??? Não. Isso foi só uma introdução à postagem dessa semana que vem mais Rock do que nunca.
 Essa semana me deparei com um disco que me tirou de órbita. Eu, claro, na minha ignorância, ou ínfima cultura musical, o que preferirem, nunca tinha escutado nem ouvido falar. Meu Deus como sou limitado!!!!! Se você é como eu e pensa que o rock nasceu com o Nirvana, por favor!!! Dê uma olhada nos anos 60 e início dos 70, principalmente entre 67 e 71. Você terá gratas e abençoadas surpresas como eu tive. Sim senhores, esta semana conheci ninguém mais e ninguém menos que John Thomas, ou “Creepy John Thomas”!!!! Que foi? Não conhece? Tolo ignorante! Vá atrás agora porque é bom demaissss! Estou Falando do LP Brother Bat Bone, o primeiro da Banda. Veneno de concentração elevada, o disco é o que de melhor já se criou em termos de hard blues psicodélico. A banda britânica tendo a frente o guitarrista australiano John Thomas que já era conhecido na Austrália por suas furiosas performances ao vivo, os Rolling Stones, Roy Orbinson e muitos outros já curtiam o som dele de seus shows na Austrália, mudou-se para Londres em 1969 e lançou o seu nervoso LP pela RCA, “Brother Bat Bone” (1969).
O segundo álbum “Creepy John Thomas” foi lançado pelo selo Teldec. Esses dois álbuns são raríssimos e se tornaram clássicos cultuados por historiadores de Rock. Há relatos que ambos os discos tenham sido pirateados e lançados pela Fingerprints records sem que nunca Thomas tivesse recebido quaisquer royalties por isso. Coisas da industria musical. No início dos anos 70, após passar mais de um ano em São Francisco, John retornou para Londres e entrou para o E. B. B. como guitarrista. Em 1979 mudou-se para Berlin onde liderou a banda Johny and the Drivers. Ele continuou fazendo parte da cena rock de Berlim pelos 10 anos que se seguiram. Sua banda lançou dois discos. Um pela Polydor “This must Be the Night” e o outro pela Phonogram “Homing in on Zero”. Atualmente John vive em Londres onde passa seu tempo compondo e escrevendo. Ele criou a Werewolf Records passando a gravar e produzir álbuns para outros artistas. Foi pelo seu selo que ele lançou seu primeiro trabalho solo “Remember me this Way”. Embora o original “Brother Bat Bone” seja algo quase impossível de se encontrar, o disco pode ser encontrado em CD e também num relançamento italiano limitado a 1000 cópias da Tapestry Records. A sim, embora eu não recomende, acho sempre que se gosta de um artista e se valoriza o seu trabalho você deve pagar para tê-lo, existem sites na internet que hospedam o conteúdo deste disco. Um deles é o Megaupload em http://www.megaupload.com/?d=W7OW99LO. Mas lembrem-se comprem o disco, não há nada melhor que ouvir algo seu e saber que você possui em sua estante um pedacinho da história do Rock, afinal cara-pálida, com seus dons artísticos, essa é a única forma de você contribuir pra ela!!! Um grande abraço e fiquem com as imagens do disco.
                       


8 comentários:

Carolina disse...

Adorei a postagem!!! Muito bom!
Tenho adorado descobrir novas músicas com vc. Bj

Glaucio Barrigossi disse...

Meu querido pablito, eu gosto muito de bossa, bem, para dizer a verdade aqui em casa somos todos fãs de Tom, João Gilberto...Esse seu texto bem redigido me fez sentir saudades de nossos papos filosofais da época Rio.
Abraços.

Vagner Moura disse...

Rapaz que coisa boa saber que há jovens querendo resgatar um pouco da nossa história da música e homenageando um pouco alguns ícones da Bossa Nova, em relação ao Creepy é muito legal em ver esse resgaste de música mais antiga, sabe, parece até algo antropofágico no sentido em que ``engolimos`` um passado no presente para construir o futuro musical. Eu não conhecia a banda (pura ignorância), mas ao ler seu texto, criou em mim uma vontade de ouvi-los, vou buscar conhecer mais.
Espero a próxima dica musical...

Rafa disse...

Tu me chamaste de tola ignorante??? Teoria da Conspiração, pura! kkkkkkkkkkkkk... Agora vou ter de ir aí p ouvir esse Creepy! Será q vou gostar mais de q Nirvana????rsrsrs Beijooo

Carolina disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkk......

Bilu disse...

Busquem o conhecimento.. talvez nesse disco você ache!

Kurt disse...

Belo artigo, Pablito! Gostei do jeito que você escreve e, em especial, do conteúdo desenvolvido.

Grande abraço, Alexander Supertramp!

Arquitetando ideias disse...

Humpf! RS! Bossa nova o "car..."! Quem gosta de passado é museu! heheheheheh!